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Julho sem plástico. Você está pronto para o desafio?

na primeira década do séc. XXI foi produzido mais plástico do que nos últimos 100 anos, vais achar que é de loucos. A verdade é que estes números são reais. E a situação não tende a melhorar: prevê-se que até 2050 haja mais plástico no mar do que peixes.

A questão em torno do uso do plástico não é uma moda e é preciso explicar isto sobretudo à nossa geração: somos novos, temos energia, temos ideias, queremos fazer do mundo um lugar melhor; temos nas mãos uma oportunidade de mudar o rumo desta situação, e é importante que o façamos.

Você já reparou na quantidade de plástico que você usa durante um dia?

As garrafas de água que usa são, provavelmente, de plástico. A escova de dentes que usa é feita de plástico. Os sacos do lixo que tem em casa são de plástico. A maior parte da comida que você compra vem embalada adivinha em quê? Plástico. De cada vez que você vai às compras leva ou compra um saco de? Plástico. Agora pensa que mais de metade das pessoas que compartilham deste planeta fazem o mesmo, todos os dias.

Para agravar um bocadinho a situação, imagina agora a quantidade de plástico usada primeiro na sua casa, depois por todos os habitantes do seu bairro, depois por todos os que vivem na sua cidade. E agora pensa que todo esse plástico demora 2 gerações a decompor-se.

Atitude é tudo, e tudo é possível.

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O JULHO SEM PLÁSTICO é um movimento criado por uma organização governamental australiana para alertar o consumo muitas vezes não consciente e desafiar-nos a reduzir o consumo de plástico durante o mês de Julho. 

O objetivo é que, passado um mês, você consiga trazer alguns hábitos desse mês sem plástico para a sua vida cotidiana. O top 4 da mudança é a redução das sacolinhas plásticas de supermercado, garrafas de água e refrigerante, canudos e copos descartáveis de plástico. A redução desses 4 materiais já te coloca num ótimo patamar de realização.

Continue seu desafio com os itens a seguir:

  1. Compre caixas, não garrafas: sabe quando vamos ao supermercado e encontramos, por exemplo sabão em pó em caixas de papelão e também em garrafas de plástico? Prefira produtos em caixas, pois a reciclagem é mais simples, barata e rápida.
  2. Compre a granel: se conseguir comprar arroz, feijão e grãos a granel, aproveite. O produto será o mesmo e você estará evitando embalagens de plástico. Uma dica é reutilizar sacolas de plástico que ficaram guardadas após sua última compra.
  3. Prefira potes de vidro: na hora de comprar um produto no supermercado, prefira aqueles em potes de vidro. Além de fazer bem a natureza, você também estará garantindo um item mais duradouro e seguro para armazenar alimentos e outros produtos.
  4. Utilize seus próprios potes e recipientes: ao levar para casa o que sobrou do jantar no restaurante, ou do almoço na casa de parentes, utilize seus próprios recipientes. Evite ter que comprar mais e mais potes de plásticos sempre que precisar transportar alimentos de um ponto a outro.
  5. Diminua os produtos de limpeza: sabia que dá para realizar grande parte das tarefas rotineiras de limpeza sem precisar comprar garrafas e mais garrafas de plástico de limpa-telha, limpa-banheiro, limpa-vidro, etc.? Muitos dos trabalhos podem ser executados com bicarbonato de sódio e vinagre, basta saber como utilizar e a medida exata para cada situação.

Faça parte do desafio global visitando o site (em inglês):

http://www.plasticfreejuly.org/

Adaptação das reportagens dos sites:

https://shifter.pt/2017/06/julho-sem-plastico/

16 maneiras de reduzir o consumo de plástico

Compostagem Doméstica: será mesmo possível?

*Alice Drummond

Você sabia que cerca de 50% dos resíduos gerados em nossas casas é feito de resíduos orgânicos, dentre eles: cascas cruas de frutas, verduras e legumes, cascas de ovos, borra de café e grãos e sementes?

E que são esses os ingredientes perfeitos para a produção de um belo composto orgânico, mais conhecido como adubo, que pode servir de fertilizantes para a horta e plantas em geral?

Pois sim, os benefícios da prática da compostagem são enormes:

  1. Reduz a quantidade de resíduos enviados para aterro sanitário gerando economia aos cofres públicos, que pagam pelo peso coletado e ainda minimizam os impactos negativos sobre o meio ambiente;
  2. Reintroduz matéria rica em fertilizantes para o solo, adubando as plantas.
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Composto para ser presenteado (Foto1: Regina Moura)

Mas será mesmo possível fazer compostagem doméstica?

A Plataforma Ituiutaba Lixo Zero garante que sim e, nesse sentido, promove oficinas de produção de composteira e de compostagem, e atende grupo de pessoas interessadas em aprender a técnica, que é, por sinal, muito simples.

Para comprovar isso, apresentamos os resultados trazidos pela associada da PILZ – Plataforma Ituiutaba Lixo Zero, Regina Moura, fisioterapeuta e Ituiutabana, que em dezembro de 2016 solicitou uma oficina de compostagem em sua casa.

Na ocasião passamos por três etapas:

  1. Definição do local: no caso dela o local definido foi um espaço de terra, direto no solo que recebe um pouco de sol e sombra. Em tempos de seca ela vai precisar aguar em alguns dias da semana.
  2. Demonstração da mistura NITROGÊNCIO / CARBONO: Nitrogênio são os resíduos orgânicos: cascas cruas de frutas, verduras, legumes, cascas de ovos, borra de café e grãos e sementes e, o carbono é a Serragem, nem muito grossa, nem muito fina.

A proporção é 1 para 2 – 1 nitrogênio para 2 carbonos.

Para cada porção de nitrogênio, ou seja, de resíduos, duas porções de carbono, ou seja, de serragem devem ser adicionadas.

Os resíduos devem ser misturados com uma porção de serragem e disposta no solo, na sequencia esse montinho deve ser coberto com a segunda porção de serragem para que se evite a proliferação do cheiro, mantendo assim todos os animais indesejados longe da compostagem.

3. E disposição no solo: Simples, limpo, seco e vivo!

Resultados práticos: Sim, é possível fazer compostagem doméstica

Três meses depois recebemos a seguinte mensagem da Regina Moura, associada da PILZ:

“Olha que maravilha: só hoje resolvi colher os frutos…. Estou impressionada! Sumiram TODOS os resíduos que se reverteram em uma “terra” pura, sem cheiro! Achei um pouco grossa, pois assisti a uma palestra e ganhei uma amostra: era mais fina a textura. Mas a minha está linda! ” (Depois soube que ela pode ser peneirada, mas preferi manter dessa forma).

“Estou achando o máximo! Quando vejo a lixeira quase vazia… é perfeito! Resolvi presentear e preparei essas embalagens para motivar familiares e amigos a fazerem o mesmo. Estou orgulhosa: ficou bonitinho e as pessoas que eu presentei amaram, disseram que vão colocar nos vasos e em jardins. ”

E ela ainda fecha sua fala dizendo que: “ Nesta quarta-feira irei à casa de uma amiga mostrar como fazer!!! Vamos multiplicando a ideia…”

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O composto finalizado (Foto 2: Regina Moura)
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Reduza o “lixo”. Faça compostagem! (Foto 3 – Regina Moura)

Taí, não temos dúvidas de que é possível fazer a compostagem doméstica, diminuir a quantidade de resíduos enviada a aterro sanitário, poupar os cofres públicos, diminuir o impacto nos solos e agua e ainda por cima participar de um movimento de enriquecimento dos solos, reintroduzindo fertilizante natural feito em casa e que pode ser presenteado às pessoas queridas.

E você? Já tentou ou quer começar?

Você já tentou fazer compostagem em casa? Teve resultados positivos ou algum problema? Quer continuar a tentar e aprender de uma vez por todas?

Conte conosco: forme um grupo de 10 a 20 pessoas e entre em contato conosco. lixozeroitba@gmail.com / 34. 99690 1979 e acesse nossas redes: https://plataformaituiutabalixozero.wordpress.com/

Facebook: https://www.facebook.com/plataformaituiutabalixozero/?ref=settings

Basta você começar!

* Alice Drummond – mestre em governança de resíduos sólidos pela Sorbonne Paris 3, consultora em gestão de resíduos sólidos pela Resíduo de Valor e diretora executiva da Associação Plataforma Ituiutaba Lixo Zero

CIDADES SUSTENTÁVEIS- Parte II

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Sérgio Jerônimo de Andrade*

 

Cidades sustentáveis, suas características e quais medidas elas adotam para ter esse título

 

As cidades sustentáveis tomam medidas para evitar:  a utilização inadequada dos imóveis urbanos; a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação à infraestrutura urbana; a deterioração das áreas urbanizadas e a poluição e a degradação ambiental.

Outra preocupação das cidades sustentáveis é fazer com que a população:  faça um uso eficiente e sem desperdícios de água, energia, e sempre usando materiais renováveis; crie espaços multiuso para evitar desperdícios, colocando tudo num mesmo bairro e incentivando o transporte alternativo, para diminuir a poluição do planeta e melhorar o ecossistema mundial.

Características das cidades Sustentáveis:

 Áreas verdes por toda a cidade, para que não existam as poluições visual e do ar; área de produção agrícola, para que os alimentos não percorram grandes distâncias até chegar à população da cidade, evitando assim a utilização de meios de transporte (poluidores); utilização de energia através do gás metano, gerado com o tratamento de rede de esgoto e lixo, o que colabora com a diminuição do lixo e com a conservação da água; sistemas de reaproveitamento da água da chuva, para preservar a água potável; meios de transporte públicos (que utilizem o biodiesel) gratuitos para evitar a locomoção de automóveis individuais; prédios de no máximo quatro andares para que não exista a necessidade de elevadores; construções feitas a partir de materiais verdes e de localidade próxima, para não prejudicar o meio ambiente, além de serem feitas sob projetos sustentáveis, com alternativas de reaproveitamento de água e captação de luz solar ou eólica; sistema de coleta e reciclagem e reaproveitamento de todo o lixo produzido para que não haja poluição; sistema de escoamento e tratamento de água para evitar enchentes e reabastecer os rios; preservação das matas ciliares para que não haja assoreamento e poluição das águas.

 

Exemplos de cidades com práticas sustentáveis no Brasil: João Pessoa-PB, destaque na proteção de áreas ambientais; Extrema-MG, preservação de áreas protegidas e conservação das águas; Curitiba-PR, planejamento urbano voltado para a sustentabilidade; Paragominas-PA, combate ao desmatamento; Santana de Parnaíba-SP, cooperativa de catadores; Londrina-PR, eficiente programa de coleta seletiva do lixo.

Exemplos de cidades com práticas sustentáveis no mundo: Barcelona (Espanha) – mobilidade urbana e grande uso de energia solar; Copenhague (Dinamarca) – excelente na infraestrutura para o uso de bicicletas; Freiburg (Alemanha) –  programas eficientes voltados para o uso racional de veículos automotores; Amsterdã (Holanda) – mobilidade urbana; Viena (Áustria) – prioridade para a compra de produtos ecológicos por parte da prefeitura; Zaragoza (Espanha) – sistema eficiente voltado para a economia de água; Thisted (Dinamarca) – 100% de uso de energia sustentável.

Diante desse quadro verifica-se que há urgência em que se inicie um processo de discussão e reflexão mais amplo sobre a sustentabilidade, com uma maior participação das pessoas, através dos diversos setores de representação, fazendo com que o poder público e a sociedade busquem soluções mais efetivas na solução de seus problemas visando uma melhor construção da qualidade de vida nas cidades.

 

Sérgio Jerônimo de Andrade: Engenheiro Agrícola e Advogado. Doutor em Agronomia, Professor da UEMG e Presidente da Plataforma Ituiutaba Lixo Zero.

 

 

 

Retomando a caminhada em 2017: Associação Plataforma Ituiutaba Lixo Zero: Associe-se!

ASSOCIE-SE E ESTEJA CONOSCO EM BUSCA DE UMA CIDADE SUSTENTÁVEL

Para se associar PREENCHA A FICHA DE ASSOCIADO PILZ AQUI

LOGOPILZCaminhamos em 2016 na certeza de que estamos nos dirigindo a um destino próspero e, por isso, constituímos associação.

“Constitui-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos” (Lei 10.406/2002, art. 53)

Associação é uma organização resultante da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurídica, sem fins lucrativos para a realização de um objetivo comum.

Poderíamos dizer que esse foi o grande marco do ano de 2016: reunimos 14 pessoas interessadas e dispostas a se doarem para levar a frente esse projeto que começou em 2014 com a participação mais que especial do professor, mestre e, praticamente, doutor Humberto Minéu.

O fato de termos constituído associação nos traz inúmeras possibilidades, entre elas:

  1. Profissionalização das ações relacionadas a formação e capacitação para o lixo zero | resíduo zero | desperdício zero;
  2. Realização de convênio com órgãos públicos;
  3. Representação da sociedade em eventos e matérias relativas ao meio ambiente;
  4. Ampla divulgação das ações práticas e realizáveis em relação à mudança de comportamento, entre outras…

Para que isso aconteça e para que consigamos elevar nosso nível de entendimento quanto as possibilidades de redução de resíduos, reaproveitamento, reutilização e reciclagem, nós precisamos de vocês, população de Ituiutaba.

Precisamos do interesse de cada um de vocês, e precisamos do apoio também. Precisamos estar aptos a receber a demanda e devolvê-la com alegria. Precisamos de associados que queiram aprender e ensinar, trocando as experiências e elevando o nível de consciência e atuação.

Estamos aqui, trabalhando por isso, porque vemos a cada dia inúmeras crianças chegando ao mundo. Nos deliciamos com seus rostinhos e descobertas. No entanto, acreditamos que, a cada olhar, devemos nos perguntar: o que eu POSSO fazer para amenizar o sofrimento e aumentar as perspectivas dessas crianças que se tornarão adultos, num mundo que, a cada dia, sofre com maiores restrições de recursos naturais?

A conta já está chegando e, nela, somos nós os responsáveis pela dificuldade alheia, a dificuldade que será daqueles que mais amamos: nossos filhos, sobrinhos, netos e queridos amigos.

Não devemos nos esquecer é claro, do presente, e de todas as possibilidades de melhoras das nossas condições atuais. Pode até dar um trabalhinho, mas que vale muito a pena.

Caso tenha dúvidas ou sugestões por favor entre em contato:

  1.  Facebook: Plataforma Ituiutaba Lixo Zero
  2. Email: lixozeroitba@gmail.com
  3. Telefone: 34. 99690 1979

Forte abraço e até breve,

* Alice Drummond – mestre em governança de resíduos sólidos pela Sorbonne Paris 3, consultora em gestão de resíduos sólidos pela Resíduo de Valor e diretora executiva da Associação Plataforma Ituiutaba Lixo Zero

 

 

Dez passos para o Lixo Zero

Hoje mostraremos que as cidades brasileiras e europeias que tiveram sucesso na implementação de ações, projetos e legislação lixo zero o fizeram graças à vontade e pró-atividade de seus governantes. Foi por causa de seus esforços administrativos rumo ao lixo zero que as populações dessas cidades migraram de um sistema simples de consumo e descarte indiscriminado para um sistema que prioriza o consumo consciente, o descarte responsável e o engajamento dos públicos envolvidos proporcionando a governança ideal.

A organização europeia que aborda essas questões – Zero Waste Europe –  propõe Dez Passos para o Lixo Zero, a saber:

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Quadro adaptado de apresentação de Rossano Ercolini, presidente da Zero Waste Europe

É assim que as cidades com os maiores índices de redução e reciclagem no norte da Itália têm feito.

No Brasil, ações como a construção de um aterro sanitário e, sobretudo, sua gestão, a implantação de um sistema de coleta seletiva que priorize o acesso dos catadores informais, a criação de pontos de entrega voluntária, a reciclagem dos resíduos orgânicos através da compostagem, além do tratamento dos rejeitos, são ações prioritárias para uma gestão de resíduos responsável.

Essas ações devem ser implantadas com uma forte comunicação e educação ambiental que reforcem as novas demandas. Afinal não é somente o cidadão que deve saber o que fazer com seus resíduos, os comerciantes também. Esses, devem se nutrir de informações pois, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, são obrigados a informar seu consumidor o que fazer com seu produto pós-uso, a chamada logística reversa.

Se você se interessa por essas questões, pergunte ao governante – prefeito e vice / vereadores eleitos o que eles pretendem fazer enquanto administrador público.

Entre em contato conosco: lixozeroitba@gmail.com

Nos acompanhe no facebook :https://www.facebook.com/plataformaituiutabalixozero/

Alice Drummond – mestre em governança de resíduos sólidos pela Sorbonne Paris 3, consultora em gestão de resíduos sólidos pela Resíduo de Valor e diretora executiva da Associação Plataforma Ituiutaba Lixo Zero